No fim, tudo é vendido.
Estamos o tempo todo nos vendendo, no sentido amplo da palavra. Só paramos de vender quando estamos dormindo.
Mesmo assim tem um serzinho que vive dentro de nós que tenta nos “vender” ideias através dos sonhos.
São muitos os gurus de vendas. Mas se fosse assim tão fácil e existisse uma fórmula mágica, bastaria um só guru que todos nós estaríamos prontos para vender.
Uma empresa não existe sem vendas.
Hoje, com tanto estímulo, o maior desafio é ter a atenção da nossa audiência. Será que você IMPORTA para ela? E “importar” também como metáfora. É quando você “leva algo para dentro” da mente da sua audiência. Assim como quando importamos produtos de fora. E isso só vai acontecer se ela permitir. Aí entra outro significado do “importar”: Dar importância a algo, levar em consideração, se importar com você ou seu produto/serviço/ideia.
O filme “A ORIGEM” (INCEPTION) com Leonardo Di Caprio, tem uma fala dele mesmo que, pra mim, é a melhor definição de “vendas”:
“Qual é o parasita mais resistente? Uma bactéria? Um vírus? Não. Uma ideia! Resistente e altamente contagiosa. Uma vez que uma ideia se apodera da mente, é quase impossível erradicá-la. Uma idéia que é totalmente formada e compreendida, permanece.” Cobb (personagem interpretado por Leonardo Di Caprio)
Vender é um ato de “servir ao outro”. No passado, bastava expor o produto que a venda estava feita. Hoje, se o protagonista não for a audiência, você está em apuros. Exemplo:
OMO NOS ANOS 50:
OMO HOJE:
Essa campanha ilustra muito bem como a comunicação evoluiu de foco no produto para o foco na vida da audiência e o produto é um mero personagem. O protagonista de verdade é a audiência, o cliente.
Já que todos gostam de “dicas”, eu me rendo para o gosto geral. Vamos a 5 dicas para você vender mais e melhor:
- (Des)venda | Ninguém aguenta mais aquele “vendedor de concessionária” que sabe o que você quer e faz de tudo para liberar o estoque e bater sua meta. Se você quer vender mais, seja relevante para sua audiência sem se preocupar com a venda. Ofereça, por exemplo, conhecimento que vai melhorar a vida dela, e tem relação com o que você faz. A venda será consequência.
- Seja empático | Empatia não é somente “se colocar no lugar do outro”. É uma atitude de respeito ao modelo de mundo das pessoas que você se relaciona. É uma forma de, antes de conduzir para onde você quer, validar a forma como sua audiência pensa. E sim, existe técnica. Da PNL, é o Rapport. Que consiste no espelhamento de comportamentos, valores, estados de espírito e muito mais.
- Seja simpático | A simpatia sozinha não vai longe. Ela precisa ter como base a empatia. Mas se você conseguir os dois, as chances de vender aumentam. Simpatia é “eu gosto dele”, empatia é “eu sou como ele”. Quem não gosta de fazer negócio com uma marca ou pessoa simpática? Que fala com você e traz uma sensação de leveza e até de amizade.
- Estimule a curiosidade | Não entregue tudo de uma vez. Deixe seu potencial cliente com uma sensação de que precisa “consumir” mais sobre você e seu produto. Seja um vídeo no Youtube, um feed no Instagram, um post no Linkedin, uma propaganda na TV, uma apresentação, não importa o meio, faça sua comunicação plantar uma pista e deixar a “recompensa” para outro momento.
- Conte histórias em série | Comunique-se em série. Não desperdice comunicações que funcionam bem. Aproveite-as e crie uma série. Afinal, você não quer um THE END na relação com seu público. Quer um TO BE CONTINUED…
E você ainda ganha um bônus dos algoritmos das redes sociais pois ele vai distribuir o que é relevante e não aquilo que você quer vender.
Por último, FUJA DO CLICHÊ! Dos e-mails templates, das receitas prontas, do que já funcionou muito. Seja original. Use o “outro” como inspiração mas não como “copy” e “paste”. A audiência está cada dia mais inteligente. Aliás, ao invés de mostrar que você é inteligente, faça a sua audiência se sentir assim!
Não é por acaso que a APPLE é um exemplo de posicionamento de marca desde sua fundação. Na primeira campanha, THINK DIFFERENT, o roteiro não citava nada sobre a marca. Mas nos fazia pensar sobre como estamos vivendo nossas vidas e que legado queremos deixar. O subliminar disso é que a APPLE pensa assim, age assim e sempre será assim.
Vejam o texto extraído do filme JOBS e que é exatamente o que foi lançado naquela época:
(abaixo o texto em português)
Isto é para os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. As peças redondas nos buracos quadrados. Os que vêem as coisas de forma diferente. Eles não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, discorda-los, glorificá-los ou difamá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles empurram a raça humana para frente. Enquanto alguns os vêem como loucos, nós vemos gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo, são as que de fato, mudam.
Steve Jobs
Joni Galvão
CEO da THE PLOT & MASTER TALKS