20 de janeiro de 2020. A OMS declarou estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). É o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional.
7 bilhões de pessoas recebem a notícia de que sair de casa é um risco. Que abraços são uma arma mortal e afasta um sinal de respeito ao próximo. E assim começa uma nova fase na história da humanidade.
Como assim? Não posso sair de casa? Isso mesmo, tivemos parte da nossa vida sequestrada. Nas histórias, este evento se chama Incidente Incitante. Ele acontece quando a vida do Protagonista entra em desequilíbrio, surgindo assim a necessidade de “arregaçar as mangas” e enfrentar forças antagônicas até atingir novamente um certo “equilíbrio”. Afinal, nossa vida nunca está totalmente equilibrada.
Temos que vestir máscaras, além daquelas que já fazem parte da nossa vida e de certa forma também sequestra algo como autenticidade, criatividade, leveza e a magia da vida que tínhamos quando éramos crianças.
Não sabíamos o tamanho do problema. A luz começou a se apagar para muita gente. Um pesadelo. Alguns diziam que estávamos no mesmo barco, mas infelizmente, não! Estávamos no mesmo mar, mas cada um tinha o seu barco para cuidar. Alguns afundaram, outros até cresceram de tamanho. Sim, irônico!
Assim que “ele” chegou eu fiz um vídeo sobre “E se o Corona falasse”, simulando um discurso do Corona para a imprensa. Gosto de uma definição de ficção que diz: “A ficção é uma mentira para entendermos a verdade da vida.”
A boa história nos ajuda a lidarmos com a complexidade que é viver. Não nascemos com respostas ou com manual de instruções. Perguntas difíceis são apresentadas. E nós tentamos entender, sabendo que o jogo pode mudar de um dia para o outro.
“É que a gente quer crescer e quando cresce quer voltar do início, pois um joelho ralado dói bem menos que um coração partido.” (trecho da música “Era uma vez” de Kelly Smith)
Depois de alto e baixos, baixos, baixos e “muitas baixas”, tentamos voltar ao equilíbrio. Alguns chamam de “novo normal”. Mas teremos tudo menos uma vida “normal”. Amyr Klink diz em seu Master Talks que odeia a calmaria. Que o mar não é para estar calmo. Quando está, é sinal que alguma “paulada” vem de algum lugar. Assim é a vida.
Estamos chegando ao fim de uma pandemia. Difícil comemorar quando tantas vidas foram tiradas. Difícil saber para onde vamos, como vamos e se vamos. A incerteza passa a ser parte da vida. O improviso passa a ser uma habilidade essencial para momentos como este.
Já existem casos de sintomas estranhos em pessoas que pegaram a Covid e estão entre nós. Segundo a Revista Veja Saúde, “Uma neurologista com raciocínio lento, um surfista que acorda de madrugada com a sensação de estar se afogando, uma comunicadora que agora trocar as palavras, uma professora que não aguenta mais a queda de cabelo…” Todos esses casos são reais e preocupam a medicina.
Num quadro desse não dá pra falar de “novo normal”. Quem passou imune não ficou livre do cansaço de viver uma vida sequestrada.
Somos sobreviventes. E temos como responsabilidade fazer desse mundo um lugar melhor a cada dia.
O Covid nos mostrou que somos responsáveis por tudo que nos acontece. De positivo ou não. Agora, começamos a tirar as máscaras. Espero que outras também sejam removidas e que sejamos mais autênticos e principalmente olhemos para “os outros” com a mesma importância que olhamos pra gente
Mas mesmo diante desse cenário, devemos sim receber de braços abertos, ELA!
-Ela que é a última que morre.
-Ela que rima com criança.
-Ela que vive numa criança.
Fim de ano chegando. Com tanta dificuldade, precisamos DELA. Ficamos sem ELA por um tempo. ELA alimenta nossos sonhos. Ela vive dentro de cada um.
Que ELA possa voltar com toda sua energia, ingenuidade, alegria e garra para nos fortalecer, afinal, a vida segue, e não é fácil. Não existe tal lugar como “chegar lá”. Nunca chegamos lá. Mas se vivermos com ELA ao nosso lado, seremos mais felizes e poderemos viver um dia depois do outro, superando dificuldades e alcançando nossos sonhos.
Que bom que você está voltando. Seja BEM-VINDA DE VOLTA…
#ELAVOLTOU
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Roteiro: Joni Galvão
Edição: Igor Zaidan
Voz: Carolina Galvão
Direção de Arte: Amanda Favalli
Produção: The Plot Company
Joni Galvão
CEO & Founder | The Plot Company